sábado, 20 de setembro de 2008

Aprendamos com as "atrofias" cerebrais de Darwin

http://baptistao.zip.net/arch2007-06-01_2007-06-30.html

"O meu cérebro parece ter-se transformado numa espécie de máquina de moer leis gerais a partir de grandes compilações de factos, mas não consigo imaginar porque tal haveria de ter causado a atrofia da parte do cérebro da qual dependem os gostos mais elevados. Suponho que um homem com a mente mais organizada, ou de constituição melhor do que a minha, não sofreria dessa maneira; e se eu tivesse que viver outra vez, estabeleceria como norma ler poesia e ouvir música pelo menos uma vez por semana, pois, desse modo, talvez as partes do meu cérebro que hoje estão atrofiadas pudessem ter-se mantido pelo uso. A perda dessas preferências é uma perda de felicidade. É possível que seja prejudicial ao intelecto e, mais provavelmente, ao carácter moral, por enfraquecer a parte emocional de nossa natureza."
C. Darwin, Autobiografia (1809-1882). Editora Contraponto, 2000, pp. 121-122.

2 comentários:

Anónimo disse...

As nossas "atrofias" cerebrais passam também por uma mania obsessiva e sádica de procurar tecer algo que se assemelhe a ciência mas que acaba inevitavelmente no limbo da arte. Boa ou má... depende dos casos!

Guilhim disse...

"Great minds think alike"