quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
A Sobral Cid
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Exposição virtual sobre paleopatologia
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Em estado tésico XI - O fim
E a capa era para ser esta:
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
B:MAG - Booktailors Publishing Magazine
"Se esta publicação lhe chegou à caixa de correio, ou se fez download da mesma no nosso website, fica aqui o pedido. Reenvie-a pelos seus contactos ou divulgue a mensagem: há uma revista, que conta com a colaboração de distintos convidados, que versa sobre edição de livros e é totalmente gratuita, disponível para ser lida, comentada e reenviada para o maior número de pessoas." Aqui.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Ida e voltas(s)
Jorn Hurum, do Museu de História Natural da Universidade de Oslo, podia ter submetido o artigo da Ida à Nature ou à Science – “dream journals” de qualquer cientista. Com mais ou menos correcções, retoques e ajustes, nenhum editor recusaria publicar esta raridade paleontológica com 47 milhões de anos: o fóssil praticamente completo de um primata Adapiforme. Mas o paleontólogo optou pela revista electrónica PLoS One. Porquê, não sei. Mas desconfio. Pelo seguinte:
- Ida rendeu 1 milhão de dólares ao senhor coleccionador que a tinha (e toda a gente sabe que os museus não têm dinheiro para aquisições milionárias);
- a mediatização de Ida foi meticulosamente orquestrada (os entendidos dizem que as conclusões científicas retiradas da análise do fóssil foram bastante mais modestas do que as que foram veiculadas pelos media);
- há um “braço-de-ferro” entre as revistas impressas e as electrónicas (pagas de acesso restrito e gratuitas de acesso livre, respectivamente); se as primeiras não mudarem de estratégia (difícil, porque estão associadas a grandes grupos editoriais), as segundas ocuparão os “nichos” correspondentes no mundo digital – só precisam de ser badaladas nos media (o grupo PLoS está assumidamente neste campeonato);
- as revistas de acesso livre querem mudar as regras “tiranas” do factor de impacto e pretendem abrir as portas da web 2.0 às publicações científicas (manter-se-ia a tradicional revisão pelos pares, com a novidade de qualquer pessoa poder opinar sobre e criticar a posteriori o trabalho, no próprio sítio da revista).
Não sei quem levará a melhor. Eu (e muito mais gente) só quero artigos de qualidade, à mão e à borla.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
"Revistologia"
quarta-feira, 24 de junho de 2009
CID cover art (2)
"This woodcut is by Hans Burgkmair (1473—1531), a German northern Renaissance painter and printmaker who had studied with the artist Martin Schongauer in Colmar and who produced several paintings and hundreds of woodcuts in which is evident the influence of his mentor. Schongauer's method of depicting depth by using cross-hatching (lines in two directions) at edges of planes is evident in the folds of garments depicted in this composition. Some of Burgkmair's work was vernacular, including a series of prints celebrating the triumphs of Emperor Maximilian I, but most of his subject matter consisted of scenes drawn from the lives of the saints, such as this depiction of Saint Iduberga, also know as Saint Ida or Itta of Nivelles, who founded a Benedictine Abbey in Nivelles, Belgium, in the 7th century. Both St. Iduberga and her daughter, St. Gertrude, who succeeded her as Abbess, were known as protectors of those suffering from leprosy. In the 16th century, it was commonly believed that there was a relationship between morality and disease. The leper was a person who was both unclean and threatened society. Throughout Medieval Europe, leprosy was greatly feared, and, in a society fearful of disease, lepers were banned from living within the walls of the city. Although lepers remained on the margins of society, a leper also could be seen as the recipient of good deeds and salvation for the lay and clerical populations. Hospitals to treat leprosy were erected along pilgrimage routes and were often the recipients of alms from pious travelers. By the 16th century, however, the incidence of leprosy was waning, and hospitals for lepers were becoming less common. (Mary and Michael Grizzard, cover-art editors). Woodcut, © Academie Nationale de Medecine, Paris, France, Archives Charmet, The Bridgeman Art Library International."
quinta-feira, 18 de junho de 2009
É hoje, o grande jantar dos (pré e pós)tésicos
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Workshop sobre marcadores musculoesqueléticos de stresse
Exposição paleopatológica em Barcelona
quinta-feira, 28 de maio de 2009
CID cover art
Há uns tempos, a revista Clinical Infectious Diseases anunciou um concurso para cover art editor (soubesse eu alguma coisinha de história da arte e dominasse o inglês, e teria concorrido...assentava-me que nem uma luva). E fez muito bem! O resulto é interessante e digno de divulgação:
On the cover: “Woman with scarlet fever.” Colored engraving © Bibliothèque de
segunda-feira, 27 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O belo e a consolação (2)
Paleopatólogos enfileirados no centro de um vulcão, em Santorini, Grécia. Não me apetece explicar porquê, mas gosto muito, mesmo muito, desta fotografia - e não é por ter sido eu a tirá-la.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Até breve...
in Cesare Pavese (2000[1952]) O ofício de viver. Relógio d'Agua, p. 26.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Revisões sistemáticas e metanálises
Higgins JPT, Green S (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions Version 5.0.1 [updated September 2008]. The Cochrane Collaboration, 2008. Available from www.cochrane-handbook.org.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
"Squint: my journey with leprosy"
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Destruição da Gafaria de Coimbra: sem comentários!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Regresso
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Em estado tésico VII
in: M. Torga, Diário IX, 18-12-1961
sábado, 1 de novembro de 2008
Opistótono: “Paleofantasia” ou paleopatologia?
Opisthotonus in a patient suffering from tetanus. Sir Charles Bell (1809)
A "paleofantasia" e a paleopatologia interceptam-se com regularidade. E desta confluência brotam interpretações indiscutivelmente criativas, embora, regra geral, pouco fundamentadas. Exemplos de hoje [literalmente] e de ontem não faltam. Mas a História (mais do que a Ciência) encarrega-se do julgamento dos paleofantasistas. Veja-se o caso do paleopatólogo Roy Lee Moodie (1880-1934), que, em 1918, relacionou a posição de fósseis de vertebrados com o opistótono – configuração adoptada pelo corpo que resulta de episódios espasmódicos dos músculos do tronco e do pescoço, devidos, por exemplo, ao tétano ou a intoxicações (ex. lítio ou estricnina). No ano seguinte, a curiosa explicação alvitrada por Moodie foi refutada na revista Science. E, no entanto, este paleopatólogo continua a figurar (na minha opinião com toda a legitimidade) nos textos sobre a história da paleopatologia.
Mais informação:
Balter, M. (2008) AAAS Annual Meeting: how human intelligence evolved - is it science or 'Paleofantasy'? Science, 319(5866):1028.
Dean, B. (1919) Dr. Moodie's Opisthotonus. Science, 49(1267):357.
Moodie, R.L. (1918) Studies in paleopathology. III. Opisthotonus and allied phenomena among fossil vertebrates. The American Naturalist, 52(620/621): 384-394.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Quando as moscas tinham as costas largas
domingo, 12 de outubro de 2008
Lepra: "a palavra reveladora" II
“Os pés eram patorras informes, onde não se viam unhas nem veias; as pernas, ulceradas, pareciam pinheiros cascalhudos, sangrados sem piedade; no peito, medravam a esmo caroços, sôfregos como cogumelos num toco carunchoso. Mas no rosto é que os estragos da devastação se mostravam mais cruéis. Dir-se-ia que lhe tinham colado à cara natural bocados toscos de barro vermelho, numa tentação demoníaca de caricatura impiedosa. Nenhuma imaginação humana, por mais rica e ruim, seria capaz de deformar tanto a fisionomia dum ser.” (pp. 70-71)
“…olhos inflamados por sobre os tortulhões malares…” (p. 71)
“Mas desmantelado pela gangrena, putrefacto e repelente, via a morte aproximar-se dele minuto a minuto. [...] A laringe roída mal podia falar. [...] E lá continuou a empurrar os cepos das pernas e a cabeça medonha e pesada...” (p. 75)
“E o leproso fugia àquele castigo terrível com as forças que lhe restavam, a espetar o toco dos pés nos tojos arnais.” (p. 77)
sábado, 11 de outubro de 2008
Lepra: "a palavra reveladora" I
– Queria consultar vossa senhoria…
– Muito bem, desço já.
Antes mesmo de se queixar, leu a sentença nos olhos arregalados e perscrutadores do médico.
– Donde é você?
– De Loivos.
– É curioso que nunca lá vi casos destes…Há quanto tempo isto lhe apareceu?
– Sempre é lepra?
O médico olhou-o, coçou a cabeça, pôs-se a mexer nos papéis da mesa, e acabou por dizer a triste verdade.
– Pois é. É…Infelizmente, é.
Nem falaram de remédios, nem de hospital, nem de nada. Despediram-se o mais tristemente possível, sem o doente perguntar quanto devia e sem o médico indicar o que era conveniente fazer. Ambos se resignavam sem luta àquela fatalidade monstruosa. O doutor ficava com o nome miraculoso e a sabedoria inútil; o gafado ia mostrar ao mundo, de mão estendida, a sua repugnante desgraça.”
Miguel Torga (2003) Novos Contos da Montanha. 5.ª Edição. Lisboa: Publicações Dom Quixote, pp.67-8 [conto: O Leproso]
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Os amigos do plágio estão tramados!
Ver também:
Butler, Declan (2008) Entire-paper plagiarism caught by software. Nature, 455: 715.
Errami, M.; Garner, H. (2008) A tale of two citations. Nature, 451: 397-9.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A lepra fica sempre bem num frontispício [graficamente falando, claro]!
Transcreve-se a informação sobre a figura:
"On the cover: “The Leper.” Color Engraving © French School, (19th century) / Bibliotheque des Arts Decoratifs, Paris, France, Archives Charmet/The Bridgeman Art Library. Reproduced with permission. This image is a color engraving made in France in the 19th century by an unknown artist. The engraving reproduces the image of a leper from a 16th century manuscript illumination. The leper rings the bell or cliquette that lepers were required to use to alert others to keep their distance. Leprosy was common in Europe in the Middle Ages, and regulations about contact between lepers and uninfected people were strict. This work is in the collection of the Bibliotheque des Arts Decoratifs, Paris, France. (Ann Arvin, Cover Art Editor)."
sábado, 4 de outubro de 2008
Em estado tésico VI
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Em estado tésico V
“Sometimes, language expresses ignorance rather than knowledge…”
Goldenfeld, N.; Woese, C. (2007) Biology's next revolution. Nature, 445(7126): 369.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Paleopatologia esclarece dúvida escatológica relativa às Cruzadas
Mitchell, P. et al. (2008) Dysentery in the crusader kingdom of Jerusalem: an ELISA analysis of two medieval latrines in the City of Acre (Israel). Journal of Archaeological Science, 35: 1849-1853. Dixon, B. (2008) Crusaders' dysentery. The Lancet Infectious Diseases, 8: 530-530.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Em estado tésico IV
sábado, 27 de setembro de 2008
"Por amor de Deus"...
Agenesia do canino superior esquerdo ou
Damien Hirst baralhou-se com os dentes?
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Tese ou dissertação?
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Lepra: 2008
Não posso omitir um aspecto peculiar do relatório da Organização Mundial de Saúde: não são revelados os dados dos países ditos desenvolvidos! E adianto que, em 2006, Portugal apresentou mais casos de lepra (16) do que a Síria, a Tunísia ou o Lesoto, por exemplo!
Mais informação em:
World Health Organization (2008) Global leprosy situation, beginning of 2008. Weekly Epidemiological Record, 83(33): 293-300.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Os Neandertais ibéricos eram "gourmets"
terça-feira, 23 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
A propósito da descoberta da penicilina em Setembro de 1928
“Penicilina. Lá ensaiei também a última panaceia que a ciência inventou. Um miúdo a arder em febre, o pus a estalar-lhe pelos ouvidos, e dores medonhas. Dantes deitavam-lhe sobre a membrana do tímpano leite de parida, e era a cura radical. Agora, penicilina. Quando a fui buscar a casa de um doente onde havia sobrado, o pai do enfermo não queria largar mão do tesoiro. Tinha ali um talismã de saúde, e não o vendia nem emprestava por preço algum. Estava bêbado, e talvez por isso acreditava com uma força sobrenatural na magia da droga. A mulher, mais calma, interveio então, e lá me deram o santo viático. Em casa do meu doente esperavam a mexinga com orações. E eu injectei aquilo ao mesmo tempo humilhado e contrito. Por um lado, sabia que o fungo havia de ser ridículo daqui a cinquenta anos; por outro, era o máximo que o esforço, a inteligência e a esperança da humanidade tinham conseguido até hoje.”
Miguel Torga, Diário III: 1-2-1945
Coimbra ontem e hoje
domingo, 21 de setembro de 2008
Sobre os ossos escreve-se por aí…
Em estado tésico II
sábado, 20 de setembro de 2008
Paleopatólogo ou Paleopatologista?
Esta dúvida foi razão para ter banido os termos da minha tese de mestrado – opção pouco meritória, reconheço-o! Nunca li a palavra paleopatólogo num texto académico português – terreno onde o vocábulo paleopatologista impera. E, de facto, se abolirmos o prefixo paleo, os dicionários portugueses definem ‘patologista’ mas não mencionam ‘patólogo’.
Tentando descortinar a realidade desta dicotomia no universo das restantes línguas latinas procurei e contabilizei os resultados duma breve pesquisa efectuada no Google, utilizando os seguintes termos: paléopathologue e paléopathologiste (Francês); paleopatologo e paleopatologista (Italiano); paleopatólogo e paleopatologista (Espanhol); paleopatólogo e paleopatologista (Português). [os romenos que me perdoem mas não me entendi com o Google em romeno!] Os resultados, abaixo ilustrados, foram uma surpresa! Contrariamente às minhas expectativas, não existe um termo preferencial quando o universo das quatro línguas românicas é considerado como um todo. O vocábulo paleopatólogo, que tem supremacia exclusiva na língua italiana e predomina na espanhola, não é usado, de todo, na portuguesa. A língua de Camões limita-se ao uso de paleopatologista, palavra igualmente dominante na língua francesa. Porquê estas diferenças? As semelhanças/diferenças dificilmente radicarão em factores puramente geográficos. Focando-me no caso luso-brasileiro, existirão, certamente, factores relacionados com a permeabilidade de Portugal e do Brasil à literatura paleopatológica anglo-saxónica (“escola de pensamento” hegemónica desde os anos 60/70 do século XX). Isto poderá ter sido determinante na adopção do termo paleopathologist e na sua tradução literal para português: paleopatologista. Refira-se que no Google encontramos 8.250 entradas para o termo paleopathologist e 1.200 para palaepathologist.
E eu com tantos planos prà reforma!
in Kushner, H.I. (2008) Medical historians and the history of medicine. The Lancet, 372(9640): 710-711.
Aprendamos com as "atrofias" cerebrais de Darwin
Quando se deita o barro à parede
Em estado tésico I
"O que devemos é saltar na bruma,
Correr no azul à busca da beleza."
(Mário de Sá-Carneiro)